quinta-feira, 27 de março de 2014

A felicidade de ser pirata na ilha de Ons!




Tenho a felicidade de reviver a felicidade sempre que me sento à frente do computador a trabalhar. Uma parede cheia de fotografias da aventura que foi o dia passado, no último verão, na ilha de Ons, na Galiza. Ainda que também tenha outras tantas guardadas das maravilhosas ilhas Cies. Mas as de Ons são especiais. Não porque andei dias e dias a sonhar com aquela fabulosa cor de mar, aquela paz interior que ali senti e vivi. Mas, sim, porque vi a felicidade estampada no rosto do meu filho, na altura com apenas três anos, por estar a encarnar a pele de um pirata, imaginando-se de pala preta num dos olhos, empunhando na mão um mapa que uma das guias lhe deu para encontrar um tesouro. E encontrou-o? Já lá vamos.

Desde que embarcou nesta viagem, ele tinha um sorriso de orelha a orelha e uma expressão no olhar de alegria extrema e aventureira. Pulou de alegria no barco durante a pouco mais de meia hora de viagem enquanto eu ficava um bocado em sobressalto quando o barco balançava um pouco mais acompanhando as ondas mais agitadas e a pressa que o marinheiro ao leme levava.

Já em terra, comprou-me o "amuleto" que ainda hoje uso ao pescoço por amor a ele e até serve de adereço sempre que apresento o meu conto A Estrela Azul Chocolateira a outros meninos e meninas. Trilhámos os caminhos da ilha, não todos os que gostariamos por causa do intenso sol e calor. E nem a praia que parecia ser a mais bela de todas pudemos apreciar e fotografar com o olhar ou com a máquina fotográfica, porque lá está - estava cá um calor e o percurso a pé prometia ser longo.

Ele andou atrás de tudo quanto era bicho que se mexia na terra, e sujou-se de terra e mais terra, e rebolou na areia e molhou os pés e o resto do corpo num mar de uma cor tão bela, tão bela, que só mesmo estando lá para o ver.

E lá encontrou o tesouro no museu da ilha que guarda todo um acervo maravilhoso da cultura e tradições das gentes que ali viveram. Agora cada vez menos gente durante o ano. Mas, no verão chega um mar de gente que quer ser pirata por um ou mais dias como nós nesta paradisíaca ilha. Há quem até lá fique a dormir no parque de campismo ou nos quartos da oferta hoteleira que ali existe ou até nas poucas casas que ali estão erguidas. Suficiente será dizer que o rapaz não falou de outra coisa nos dias seguintes e ainda hoje pede para lá voltar. Fica a saudade e uma parede da sala cheia de fotos dessa fantástica viagem e da aventura que guardamos com carinho no coração!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Dia Internacional da Felicidade


Há todo o tipo de felicidade. Mas prefiro falar desta: poucas serão as palavras que expressarão a felicidade que é ter estas mãos entrelaçadas nas minhas, nesta viagem pelo tempo, acompanhadas do seu crescimento, tristezas e alegrias. Mas não restam dúvidas algumas de que isto é felicidade da mais simples e inocente que há e que nos preenche a vida para sempre. Sim, não há palavras que cheguem para descrever esta felicidade de fazer esta viagem do conhecimento, lado a lado com um filho!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

"Mamã, quero comprar uma barbie para a minha namorada!"

Se o seu filho de 4 anos lhe pedir para fazer um postal para a namorada, não estranhe! Mas se lhe pedir para comprar uma barbie, o caso já muda de figura. A coisa parece séria, sobretudo quando já ouço o nome da miúda, há meses, cá por casa. O rapaz é-lhe fiel e o namoro é platónico, claro. Coisa de miúdos. Eles começam cedo...
Estava eu a tentar acabar um trabalho e ele sempre a pedir ajuda. Ora porque queria comprar a barbie para a Bruna. Mas lá o consegui convencer a dar outro boneco, não desfazendo os amantes da Barbie. A altura é de contenção. E acrescentar um postal ilustrado por ele. Pois, aí é que foram elas. A pressa era tanta que "Oh mamã, faz tu o coração grande e muitos corações. Ah! E escreve: Um beijinho para a Bruna!". No meio de tanta azáfama, lá o consegui convencer que era melhor ser ele a pintar alguma coisa. "Ela gosta de rosa. Vermelho não! Pintaste mal!" Ainda são exigentes...
Mas lá o convenci a pintar e a escrever o nome dele no postal. E ainda o nome da namorada: copiou as letras que eu tinha feito num caderno. E pronto, já está!
Entregou-o? Não, porque tem feito gazeta às aulas por causa de uma senhora chamada virose que por lá anda e se apegou a ele de amores ao ponto de ficar uns dias cá por casa. Ainda iamos entregar as prendas, mas acabou por dizer: "Oh! Dou amanhã!". Eu lá lhe disse que amanhã é sábado, dia dos papás. "Oh! Dou depois! Quero ficar contigo, mamã!". Ah pois é! Amores há muitos... Mas mãe é mãe... Tem a vida toda para namorar o pequenito!... Não é?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O meu filho adora-me com A maiúsculo!


"Adoro-te mamã!"
Esta frase enche-me as medidas e lembro-me bem da primeira vez que o meu filho, agora com quatro anos, a exclamou de uma forma muito sentida e tão inocente. Já foi há alguns anos e aquela frase calorosa aconchegou-me o coração com tamanha felicidade acompanhada de um brilho nos olhos e uma lágrima no cantinho do olho também. Enchi-o de beijos e com um abraço forte. Daqueles com os que gosto tanto de o mimar. Daqueles que fazem parar o tempo e ali ficava eu para a eternidade assim a sentir o seu amor pela mãe, com o seu cheirinho tão próprio dele. E eu a dar-lhe o meu amor também! Quantas vezes uma tempestade de beijos como gosto de lhe dizer em tom de brincadeira e ele responde com gargalhadas e miminhos também.
Sim, o amor de e por um filho é muito especial. 
E nasce e cresce tão naturalmente como tudo o que nos rodeia na Natureza. Desde as flores e tudo o mais... Além de semeado também precisa de ser regado para dar uma boa colheita! Para como tantas outras coisas na natureza não ser levado por uma rajada de vento para outras paragens. E ficar bem por aqui, aconchegadinho ao coração de mãe! Sim. Desde que ele saiu de dentro de mim para o mundo...Desde que ele me deu o prazer de ser mãe dele que lhe sussurro ao ouvido, todas as noites ao aconchegá-lo na cama enquanto lhe afago o cabelo e lhe encho de beijinhos um segredo que, na verdade, não é segredo nenhum. E sussurro de pulmões bem cheios: A mamã adora-te! Dorme bem.
E ele começou a dizê-lo depois também!
Já perdi a conta às vezes que ele o diz durante o dia. Só sei que sempre que o faz, fico muito feliz. Se fosse de cera, já eu tinha derretido há muito tempo!... 
Sei que é sentido este amor inocente dele pela mãe! Ele agora é pequeno, mas um dia vai voar livre, livre como um pássaro. Sentirá o amor pela mãe, mas provavelmente não o vai dizer tantas vezes assim. Eu sei. Mas saberei sempre, só de olhar para ele, que será sempre o meu menino. Apenas não vive agarrado às saias da mãe. Porque é filho do mundo que voou, voou e que, um dia, sentirá amor assim por um filho também! E amor ardente por outras pessoas do mundo como ele também!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Parabéns Rui Pedro

Rui Pedro faria hoje 27 anos.Faz!
O que dizem os olhos da sua mãe?
Dor, sofrimento, ausência. Mas ao mesmo tempo, determinação, esperança, amor.
Não consigo imaginar... Não quero sequer pensar! É demasiado duro.
16 anos é simplesmente tempo demais. 16 dias já o seria.
Partilho o vídeo, porque não tenho palavras.



domingo, 26 de janeiro de 2014

Money! Money! A loucura do monopólio...






Até uma criança de quatro anos gosta de sentir o papel das notas entre os dedos da mão, de contar umas atrás das outras, de ter um monte delas em cima da mesa e dizer "Estou rico mamã!". Nem que sejam notas faz de conta, como as do monopólio, um dos mais populares jogos de tabuleiro do mundo.


A euforia instala-se cada vez que passa na casa de partida e amealha mais algum. E compra festas atrás de festas com aquele dinheirinho faz de conta. Só não gosta lá muito quando fica com poucas notas em cima da mesa. E não somos todos ou quase todos assaltados por igual sensação quando vemos o dinheiro a escapar-nos entre os dedos na vida real com os preços a dispararem no supermercado e em todo o lado? Daqui a pouco só falta cobrarem-nos o ar que respiramos, a ida à beira-mar e a liberdade de saltitar na relva do jardim da esquina.


Mas voltando ao monopólio. Quem nunca jogou? Alguém se lembra de, nos tempos de miúdo, passar horas e horas de olhos postos neste jogo? Confessem lá que também continuam a jogar agora que são adultos!... É divertido, não é? Ai, a ida para a cadeia era uma chatice, não era?


Este monopólio júnior é um pouco diferente do que eu jogava no meu tempo de garota. É bem mais simples e adaptado aos mais pequenos. Tem festas – a do cinema, dos piratas, etc - e muito mais atrativos para os miúdos da idade do meu. E é uma boa forma de lhe ensinar a reconhecer os números, a somar e a subtrair. E ainda nos podemos divertir juntos. É todo um pacote até ver… Ah pois! Bem, divertir, divertir até ele querer fazer batota e querer angariar mais festas e dinheiro, e tentar dar a volta ao jogo. Mas é de pequenino que se torce o pepino e há que incentivá-los a lutarem pelo que querem, mas com jogo limpo, é claro!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O meu filho é o meu fã número 1


Haverá sensação melhor do que ter um filho a torcer pela mãe desde pequeno, seja nas mais pequeninas coisas ou nas de grande envergadura? Como o livro infantil que ele viu nascer e crescer nas noites em que lhe inventava histórias? E depois sair do computador para o papel e para as mãos dos outros meninos e meninas como ele ou mais velhos do que ele? Sim, o sorriso do meu amoroso Uriel, de quatro anos, enche-me as medidas e o constante pedir de mais letras e letras para o aconchegar ao deitar com as aventuras desta feiticeira que ele viu nascer. Tem uma sede enorme das histórias imaginárias que lhe invento. E vejo o fascínio dele, dia após dia, ao querer mais e mais das palavras mágicas com as quais o aconchego ao mesmo tempo que lhe afago, carinhosamente, o cabelo dourado. 
Sim, o meu filho é o meu fã número 1 e a primeira pessoa que ouviu o nome Estrela Azul Chocolateira e acompanhou o desenrolar da história desta feiticeira que transforma tudo em chocolate. E até contribuiu com alguns pormenores para esta aventura mágica, como o verde do caldeirão, só porque é a cor preferida dele. E, sim, o nome Uriel também batiza uma das personagens - um dos magos supremos. E ele diz-me constantemente, com aquele olhar cintilante: "Esta história é nossa, mamã!".
Durante noites seguidas, tive de lhe contar - e ainda hoje assim é - a história desta feiticeira e dos seus amigos pégasos. E de tanto ouvir, ele já sabe de cor e salteado o início e já nem me deixa ser eu a começar. "Eu conto mamã!". Ah! Mas o ambiente tem de ser perfeito e o meu pequeno trata disso mesmo: "Vamos para a aventura, mamã?" Apagam-se as luzes do quarto, fica somente a de presença e debaixo dos lençóis ele começa a contar: "No reino das feitiçarias, oculto....". E repete, vezes sem conta, uma das frases mágicas da Estrela: “PLIM! PLIM! PLIM! CHOCOLATE! CHOCOLATIM!”.
Mas a alegria dele não se fica pela casa: levou o convite para os amigos da escolinha irem às apresentações do livro na FNAC e já me pediu para contar as aventuras da Estrela na escola. Sempre que apresento o livro, ele quer estar ao meu lado, porque, afinal, esta história também é dele. Nasceu e cresceu por causa dele. E até já sabe tudo sobre o próximo livro da Estrela Azul Chocolateira e ainda assim não se cansa de ouvir falar dela. Pede sempre mais e mais com aquela sede do mundo imaginário! Não é tão bom ter um amigo assim?...